Problemas gastro-intestinais e digestivos
Argila branca
Indicações: Azia, dores de estômago, úlcera gástrica e diarreia.
Modo de utilização: Oral.
A argila é muito rica em minerais e oligo-elementos. A sua cor está dependente dos óxidos de ferro que contém. Utiliza-se nos problemas digestivos, sobretudo, a argila branca ou caulinite. A sua ação deve-se à riqueza em silício, alumínio e outros sais minerais. A argila reveste a mucosa gastro-intestinal, protegendo-a e favorecendo a cicatrização. Também absorve as toxinas presentes no tubo digestivo.
Mirtilo
Vaccinum myrtillus
Parte utilizada: Fruto.
Indicações: Diarreia e colite (dores e espasmos intestinais). Visão noturna.
Modo de utilização: Oral.
As suas bagas são ricas em antocianósidos e taninos. Estes agem contra as diarreias e
exercem um efeito benéfico nas dores e espasmos intestinais ligados á colite. A ação antibacteriana é,
também, benéfica nas diarreias.
Os pigmentos melhoram a visão noturna e facilitam a regeneração da
zona pigmentada da retina.
Carvão vegetal
Indicações: Gases, aerofagia e flatulência. Dores abdominais devido a gases intestinais. Mau hálito e diarreia.
Modo de utilização: Oral.
Pracauções: Pode alterar a absorção dos medicamentos, pelo que a toma deve ser espaçada de 2 horas.
O carvão vegetal ativo obtêm-se por carbonização das cascas de noz de côco, sendo o mais poderoso adsorvente de origem natural. A nível digestivo é bem tolerado. Tem a capacidade de adsorver à superfície bactérias, toxina s e gases. è benéfico nos problemas intestinais acompanhados de dores abdominais, trânsito alterado e dilatação. Alivia eficazmente a aerofagia e os gases, assim como o mau hálito associado a certos alimentos. Na diarreia tem a capacidade de adsorver as bactérias envolvidas.
Alcachofra
Cynara scolymus
Parte utilizada: Folha.
Indicações: Fígado e vesícula. Má digestão, insuficiência hepática e dores de cabeça de origem digestiva.
Modo de utilização: Oral.
A flor é utilizada na alimentação. Em fitoterapia utiliza-se as folhas para tratar problemas de fígado e vesícula. O constituinte mais importante é a cinarina que estimula a formação e eliminação da bílis. É um protetor e regenerador das células hepáticas, usado em casos de icterícia e cirrose. Sendo fortemente colerética, permite combater a obstipação ligada à insuficiência hepática.
Nêbeda-dos-gatos
Nepeta cataria
Parte utilizada: Flores e folhas.
Indicações: Cólicas intestinais.
Modo de utilização: Oral.
Toda a planta contém uma essência rica em carvacrol, lactona e ácido nepetálico. Tem propriedades antiespasmódicas, antidiarreicas. Usa-se para acalmar as diarreias e as cólicas que as acompanham, assim como antiflatulenta.
Cardo mariano
Silybium marianum
Parte utilizada: Fruto.
Indicações: Insuficiência hepática, cirrose, hepatites e cálculos biliares. Intoxicações alimentares. Sangramento nasal e menstruação abundante.
Modo de utilização: Oral.
O fruto desta planta contém substâncias benéficas para o fígado, a silimarina. Esta é hepatoprotectora:
permite a recuperação mais rápida em casos de hepatite e cirrose, favorecendo a sua regeneração. Favorece o
funcionamento da vesícula biliar, sendo por isso benéfica na insuficiência hepática e cálculos biliares.
O cardo
mariano é um excelente hemostático, útil nos casos de hemorragia nasais frequentes e menstruações abundantes.
Camomila
Matricaria chamomilla
Parte utilizada: Flores.
Indicações: Nervosismo e ansiedade. Digestões difíceis, náuseas e vómitos. Febre. Lavagens de feridas e oculares
Modo de utilização: Oral e externamente em lavagens oculares, banhos e massagens com o seu óleo essencial.
A sua essência contém camazuleno (anti-inflamatório) e bissabolol (sedativo). Contém
ainda flavonóides e cumarinas e um princípio amargo tonificante. O seu efeito sedativo, antiespasmódico é
útil nas dores intestinais de origem nervosa, assim como nas cólicas biliares. Normaliza o trânsito
intestinal e alivia as náuseas, vómitos e digestões difíceis. Devido ao efeito febrífugo e sudorífica
ajuda a baixar a temperatura.
A sua ação cicatrizante, emoliente e anti-séptica permite o seu uso na
lavagem de feridas e oculares.
O óleo essencial é bom para massagens em caso de dores reumáticas,
torcicolos e contusões.
Hortelã-pimenta
Mentha piperita
Parte utilizada: Flores e folhas.
Indicações: Digestiva, colerética e tonificante.
Modo de utilização: Oral.
Contém uma essência de composição muito complexa, na qual se destaca o mentol, ao
qual se deve as propriedades: disgestiva, de eliminação dos gases, colerética, anti-séptica, analgésica
e tonificante. Alguns polifenóis têm ação antivírica. Recomenda-se em dispepsias, gases intestinais,
cefaleias, espasmos e cólicas digestivas, hepatite e esgotamento físico.
A sua essência sob a forma
de álcool mentolado alivia as dores reumáticas.
Funcho
Foeniculum vulgare
Parte utilizada: Sementes.
Indicações: Digestão lenta, aerofagia e gases. Laxante suave. Expectorante.
Modo de utilização: Oral.
NToda a planta, e especialmente as sementes, contêm essência rica em anetol, estragol
e hidrocarbonetos triterpénicos. Estimula os movimentos peristálticos, conferindo ação laxante ligeira.
Facilita o esvaziamento do estômago e a digestão. É boa para as digestões difíceis, excesso de gases e
aerofagia.
Tem uma certa ação expectorante.
Erva-cidreira
Melissa officinalis
Parte utilizada: Folhas e flores.
Indicações: Problemas nervosos, stresse, depressão e insónia. Espasmos e cólicas abdominais, flatulência, enjoos e vómitos.
Modo de utilização: Oral.
As folhas e flores contêm óleo essencial, rico em aldeídos citral e citroneal, aos quais se deve a sua ação sedativa, antiespasmótica, carmitiva e anti-séptica. É muito indicada em casos de excitação, ansiedade, cefaleia de tensão, stresse, depressão nervosa, e insónia. Recomendada há séculos para alívio das dores menstruais. A nível digestivo é útil no alívio de espasmos e cólicas abdominais, flatulência, enjoos e vómitos.
Salva
Salvia lavandulifolia
Parte utilizada: Folha.
Indicações: Digestão lenta. Menstruações irregulares. Menopausa (afrontamentos e suores).
Modo de utilização: Oral.
A folha da em flavonóides e óleos essenciais que lhe confere um gosto forte e odor aromático.
A planta é colerética, aumentando a secreção da bílis. Tem uma ação calmante e anti-espasmódica sobre o tubo digestivo.
O seu óleo essencial tem propriedades anti-sépticas.
A presença de estrogénios vegetais permite o seu uso nas
mentruações irregulares e dolorosas e na menopausa para diminuição dos afrontamentos. O óleo essencial tem, também,
ação sobre as glândulas sudoríparas, diminuindo os suares excessivos associados à menopausa.