Saúde e Medicamentos |
Herpes labial |
O que é?
O herpes Labial é uma doença infecciosa, geralmente benigna, de origem viral. O agente causador é o Herpes Simplex Vírus- HSV tipo 1.
Quais os sintomas?
Caracteriza-se pela formação de vesículas em cacho nos lábios, boca, gengivas, palato, língua e zona em volta das narinas. Estas podem ser precedidas de sintomas como: vermelhidão, sensação de queimadura e comichão ou formigueiro. A ruptura das vesículas larga um exsudado e pode ser dolorosa. A infecção desaparece ao fim de 10 a 14 dias.
Uma vez curada a infecção, esta não é acompanhada da eliminação do vírus. Este fica latente nas terminações nervosas e reaparece várias vezes ao longo da vida desencadeado por vários fatores: Sol, vento, stresse, cansaço, febre, menstruação etc.
Como se transmite e como se evita?
O primeiro contacto pode ocorrer logo na infância, após, por exemplo, ter beijado uma pessoa infectada. O vírus passa através da pele para as terminações nervosas e permanece aí. Com o primeiro contacto não há, geralmente, sintomas.
O vírus transmite-se direta ou indiretamente através se superfícies contaminadas. Por isso na presença de lesões deve evitar-se: beijar, partilhar de objetos, tocar nas lesões.
A melhor maneira de evitar o aparecimento da infecção é através da prevenção, que se faz através do uso de hidratantes e cicatrizantes que mantém a integridade do epitélio labial.
Evolução:
Dia 1-2 |
Fase de Picadas |
Sensação de dor, dormência ou inflamação. |
Dia 2-3 |
Fase de Bolhas |
Primeiro sinal visível: conjunto de pequenas bolhas. |
Dia 4 |
Fase de Ulceração |
As bolhas rompem-se e surge uma ulceração avermelhada. Fase mais dolorosa e de maior contágio. |
Dia 5-8 |
Fase de Formação de Crosta |
Forma-se uma crosta seca e acastanhada. Prurido e sensação de ardor com pequena hemorragia quando se rompe a crosta. |
Dia 9-12 |
Fase de Cicatrização |
A crosta desfaz-se. |
Tratamento:
Antivíricos
Os medicamentos para o tratamento do herpes labial devem ser usados logo que aparecem os primeiros sintomas. Depois das vesículas rebentarem deve usar-se cicatrizantes e hidratantes que proporcionam uma cicatrização mais rápida e aliviam a dor. Os antivíricos não devem ser usados nesta fase.
Surgiu recentemente no mercado pensos hidrocoloides e pensos líquidos para o tratamento do herpes e suas lesões.
Composição:
- Aciclovir 5% (50mg/g) em creme - Aplicar 5x dia durante pelo menos 5 dias.
- Aciclovir + hidrocortisona 50+10mg/g de creme - Aplicar 5x dia durante pelo menos 5 dias.
- Penciclovir 1% (10mg/g) em creme - Aplicar de 2 em 2 horas nos primeiros sinais e durante 4 dias.
- Tromantadina 1% (10mg/g) em gele - Aplicar 3x dia durante 5 dias.
Depois de aplicar deve-se lavar as mãos para prevenir que infecte outros locais da pele ou outras pessoas.
Efeitos secundários:
Ardor ou picada, vermelhidão, secura dos lábios e escamação da pele, raramente reacções alérgicas com inchaço.
Pensos hidrocolóides
Os pensos hidrocolóides são usados continuamente,
durante o dia e noite, até a lesão estar completamente sarada.
A aplicação deverá ser cuidadosa para não tocar nas feridas,
recorrendo a aplicadores próprios e evitar o contagio de outras
zonas do corpo. Quando o penso começa a descolar-se da pele está na hora
de o substituir por outro.
Relativamente aos cremes os pensos têm algumas vantagens:
- Disfarçam;
- Protegem;
- Reduzem risco de contágio;
- Previnem o aparecimento de crostas.
Pensos líquidos de filmogel
Em contacto com o ar o filmogel forma uma película flexível protectora. Esta camada promove a cicatrização, alivia a comichão, sensasão de picada e queimadura. Além disso, limita a contaminação e a formação de crostas.
Balsamos calmantes protectores
Existem, também, produtos que combinam o efeito calmante e cicatrizante de essências de certas plantas com propriedades hidratantes e protectoras de balsamos labiais.
Composição: Lavandula angustifolia, Anthemis mobilis, Citrus limonum, Rheun palmatum, Salvia officinalis, Saponaria officinalis, Thymus vulgaris, Hamamelis virginiana, Melissa officinalis, Echinacea angustifolia, Propolis, etc
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Página da autoria de Laurentino Moreira (farmacêutico) - Última atualização em 05-fev-2019