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SAÚDE e MEDICAMENTOS - Parasitas externos dos animais

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Parasitas externos

Carraça

imagens/parasi1.jpgParasita externo, artrópode que se alimenta do sangue do hospedeiro. Parasita os animais domésticos, selvagens e o Homem. Pode viver tanto na superfície da pele do animal como no solo em zonas com vegetação, mas também em muros, etc., à espera de um hospedeiro. Quando encontra um hospedeiro procura um local seguro (cabeça ou pescoço) e introduz o seu aparelho sugador na pele e, durante horas, alimenta-se do sangue do hospedeiro. O seu ciclo de vida é composto por quatro estádios: ovo, larva, ninfa e adulto. As fêmeas alimentam-se sempre de sangue, que necessitam para por os ovos, enquanto os machos raramente o fazem.

As carraças são prejudiciais porque transmitem doenças e provocam lesões:

  • Lesões pela ação do aparelho sugador na pele;
  • Paralisia por ação das neurotoxinas da saliva;
  • Anemia se as carraças ingerirem grandes quantidades de sangue;
  • Podem transmitir outras doenças causadas por protozoários, bactérias e vírus.

Doenças transmitidas pelas carraças:

  • Babesiose: Doença causada pela Babesia canis e B. gibsoni, caracterizada por febre, anorexia e anemia. É fatal se o cão não for tratado a tempo.
  • Borreliose ou Doença de Lyme: Causada pela bactéria Borrelia burgdorferi que produz quadros de febre, anorexia, poliartrite, miopatias e adenopatias.
  • Ehrlichiose: Doença causada pela bactéria Ehrlichia canis que causa febre, problemas respiratórios, edema e vómitos, na fase aguda.

Os animais devem ter um espaço próprio para a alimentação e outro para realizar as necessidades:

  • Para alimentar usar utensílios próprios para animais;
  • O caixote da areia do gato deve ser mudado todas as semanas e estar num local lavável;
  • Na rua os cães devem ser educados a fazer as necessidades em locais próprios e os dejetos sólidos recolhidos com saco plástico e colocados em contentores próprios.

Ver medicamentos para tratamento de infestação por carraças.

Pulga

Inseto de cor castanho escuro que se alimenta exclusivamente do sangue que suga através da pele . Têm três pares de patas, sendo que o último é mais desenvolvido para o salto. Parte do ciclo de vida ocorre na pele do hospedeiro, preferencialmente nas regiões do lombo, dorso, abdómen e do períneo. A outra parte do ciclo ocorre no meio ambiente, onde se reproduz.

As pulgas podem afetar os animais porque:

  • A saliva das pulgas pode causar reação alérgica com prurido e dermatite;
  • Numa infestação muito grande podem provocar anemia, letargia e emagrecimento em animais jovens;
  • Podem transmitir outros parasitas intestinais: Dipylidium caninum.

A transmissão faz-se por contacto direto ou pelos locais onde estiveram animais infestados.

As pulgas são transmissores do parasita Dipylidium caninum que é ingerido pelas pulgas quando estão na forma larvar. Pode ser transmitido aos outros animais e às crianças, onde chega ao seu destino final que é o intestino.

Como saber se o animal tem pulgas?

Ao observar meticulosamente a pelagem do cão ou gato, poderemos vê-las a refugiarem-se.

Também se pode observar os excrementos das pulgas na pelagem que parecem pequenos pontos negros, normalmente associados a sujidade. Poderá confirmar tratar-se de excrementos de pulga passando um pouco de algodão embebido em água oxigenada sobre os pontos escuros que desaparecerão deixando evidência de sangue no algodão.

Se o animal desenvolver uma alergia à picada da pulga, vai apresentar prurido intenso e mostrar-se inquieto e mais tarde poderão aparecer as lesões cutâneas (principalmente na região do dorso, junto à base da cauda), como a perda de pêlo e escoriações, causadas pelo auto traumatismo.

Como é o ciclo de vida da pulga?

As fêmeas põem cerca de 30 a 50 ovos por dia. Destes ovos nascem as larvas que após passarem por três mudas consecutivas se transformam em pupas. As pupas permanecem latentes até que surjam condições ambientais propícias.

Quando se reúnem essas condições favoráveis, as pupas transformam-se em pulgas adultas. A pulga adulta não emerge automaticamente de seu casulo. Pode, manter-se no casulo até que detecte um hospedeiro próximo. As crisálidas maduras podem detectar as vibrações de um hospedeiro detectando o dióxido de carbono, e certos padrões do som e da luz.

A pulga fêmea começa a produzir ovos dentro de 24-48 horas após a sua primeira refeição de sangue e colocará os ovos continuadamente até que morra. A extensão de vida média da pulga adulta é de 4-6 semanas.

Quanto tempo dura o ciclo de vida da pulga?

Se as condições ambientais forem propícias, principalmente no Verão, o ciclo pode completar-se em cerca de 15 dias. No entanto, em condições adversas, como no Inverno, a duração pode alargar-se até um ano.

Onde é que se podem encontrar as pulgas dentro de casa?

Quando se reúnem essas condições favoráveis, as pupas transformam-se em pulgas adultas. A pulga adulta não emerge automaticamente de seu casulo. Pode, manter-se no casulo até que detecte um hospedeiro próximo. As crisálidas maduras podem detectar as vibrações de um hospedeiro detectando o dióxido de carbono, e certos padrões do som e da luz.

Grande parte do ciclo de vida da pulga desenvolve-se no solo, no chão, em mantas, alcatifas, sofás, etc. Consequentemente, a higiene numa casa com animais deve ser pormenorizada.

Em que época do ano são mais frequentes?

Embora a maior incidência seja durante os meses da Primavera e Verão, devemos ter em conta que os sistemas de aquecimento e as alcatifas garantem condições favoráveis ao desenrolar do ciclo de vida da pulga. Consequentemente, a prevenção deve ser feita durante todo o ano.

Ver medicamentos para tratamento de infestação por pulgas.

Ácaros

Os ácaros são parasitas de tamanho muito reduzido, da mesma família das aranhas. Devido às suas dimensões só são vistos com ampliação.

Podem infestar a pele e o interior das orelhas dos animais, causando sarna e feridas nos ouvidos. Apesar de minúsculos, podem causar grande desconforto nos animais de estimação, desde comichão constante a queda de pelo e infeções graves.

Estes parasitas alimentam-se da pele, da cera dos ouvidos ou, em alguns casos, do sangue do animal.

Ácaros do ouvido (Otodectes cynotis).
Os ácaros do ouvido são um dos ácaros mais comuns. Vivem no interior do canal auditivo de cães e gatos e alimentam-se de ceras e óleos naturais produzidos pela pele do ouvido. Estes ácaros não são perigosos, mas são altamente contagiosos e podem causar comichão intensa e insuportável, levando a abanar constantemente da cabeça e formação de corrimento preto ou castanho no ouvido.

Ácaros da sarna sarcóptica (Sarcoptes scabiei).
Estes ácaros são altamente contagiosos e causam uma doença conhecida como sarna nos cães, podendo ser transmitida aos humanos. Os ácaros da sarna sarcóptica criam galerias na pele para a postura dos ovos, causado comichão intensa, erupções cutâneas e queda do pelo.

Ácaros da sarna notoédrica (Notoedres cati).
A escabiose felina é comum nos gatos, mas pode afetar cães, coelhos e o Homem. É uma infestação altamente contagiosa.  O parasita cria túneis nas regiões mais profundas da pele ocasionando prurido intenso e destruição do tecido,

Ácaros demodéxicos (Demodex canis).
Estes ácaros vivem naturalmente nos folículos capilares do animal e, na maioria das vezes, não são uma ameaça, mas em alguns casos podem multiplicar-se e causar uma doença chamada sarna demodécica ou demodicose. Este tipo de sarna afeta principalmente cães com um sistema imunitário fraco e pode causar perda de pelo, pele vermelha e, por vezes, infeções.

Sintomas
Variam consoante o tipo de ácaro, mas os mais comuns são:

  • Comichão intensa;
  • Perda de pelo;
  • Vermelhidão e irritação da pele;
  • Crostas ou feridas abertas;
  • Abanar a cabeça e secreção nos ouvidos.

Tratamento
Os tratamentos incluem cremes, loções ou gotas  que têm na sua composição antiparasitários, anti-inflamatórios e antibióticos. São aplicados diretamente na pele ou nas orelhas. Estes tratamentos matam os ácaros e ajudam a aliviar a comichão e a irritação. Em alguns casos, o veterinário pode prescrever medicação oral, sobretudo em casos graves de sarna sarcóptica ou de sarna demodécica.

Prevenção
Os banhos antiparasitários, banhos ocasionais e as escovagens são muito importantes para prevenir os ácaros. Outra rotina consiste em limpar regularmente as orelhas com toalhitas próprias. Isto é especialmente importante nos animais com orelhas caídas ou peludas.